Meio Ambiente COP30 EM BELÉM
Lula defende na abertura da COP30 que a “serenidade da Amazônia” guie as decisões do mundo
Em discurso de abertura em Belém, presidente ressalta importância da floresta para o equilíbrio climático global e critica desigualdade entre gastos com guerras e investimentos ambientais
10/11/2025 13h43 Atualizada há 3 dias
Por: Redação

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva abriu oficialmente, nesta segunda-feira (10), a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), realizada pela primeira vez em território amazônico. Em seu discurso, Lula pediu que “a serenidade da Amazônia inspire o mundo a tomar decisões sábias”, destacando o papel estratégico da floresta para o futuro climático do planeta.

Diante de líderes de mais de 190 países, Lula afirmou que sediar a COP30 na Amazônia representa um marco histórico e simbólico para o Brasil. O presidente destacou que o país pretende mostrar ao mundo que é possível conciliar desenvolvimento econômico com preservação ambiental.

“A Amazônia não é apenas uma floresta. É um território habitado, cheio de vida, conhecimento e resistência. É preciso ouvir quem vive nela para compreender como cuidar dela”, declarou o presidente.

Durante o discurso, Lula criticou o desequilíbrio entre os recursos destinados à guerra e os investimentos em ações contra as mudanças climáticas. Segundo ele, enquanto os gastos militares globais somam trilhões de dólares, o financiamento climático internacional ainda é insuficiente para atender às demandas dos países em desenvolvimento.

O presidente também ressaltou avanços do governo brasileiro no combate ao desmatamento e nas políticas de valorização dos povos indígenas e das comunidades tradicionais. Lula defendeu que o Brasil tem condições de liderar a transição para uma economia sustentável, baseada em energias limpas e manejo responsável dos recursos naturais.

A abertura da COP30 transforma Belém em palco de debates decisivos sobre o futuro ambiental do planeta. O evento deve reunir, ao longo das próximas semanas, chefes de Estado, cientistas, ativistas e representantes de organizações civis de todo o mundo, consolidando o Pará como epicentro das discussões globais sobre o clima.

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