BELÉM COP30
Pagamento digital e cardápio amazônico: saiba como vai funcionar a alimentação durante a COP30 em Belém
Sistema “cashless” será usado para compras de comida e bebida no evento, que promete valorizar ingredientes regionais e produtores da agricultura familiar paraenses
04/11/2025 13h25
Por: Redação

Com a proximidade da COP30, Belém começa a se transformar para receber o maior evento climático do planeta. E um dos temas que mais desperta curiosidade entre participantes e visitantes é a alimentação. Afinal, como será comer e beber em meio à conferência que deve reunir mais de 50 mil pessoas na capital paraense?

A resposta mistura tecnologia, sustentabilidade e sabor regional. Todo o sistema de alimentação do evento — tanto na Zona Azul (área restrita a delegações e autoridades) quanto na Zona Verde (espaço aberto ao público) — vai funcionar de forma 100% digital, sem o uso de dinheiro físico.

Para comprar comidas e bebidas, os participantes deverão usar um sistema de pagamento pré-pago, conhecido como cashless. O saldo poderá ser recarregado via Pix, cartão de crédito ou dinheiro, em totens espalhados pelo local ou por meio de links online.

Os organizadores afirmam que o modelo foi adotado para agilizar filas, evitar circulação de dinheiro e aumentar a segurança dentro das áreas credenciadas. Caso sobre saldo ao final do evento, haverá opção de reembolso.

Com a medida, não será permitido levar alimentos de fora para as áreas oficiais da conferência. A ideia é garantir o controle sanitário e a padronização do serviço dentro da estrutura montada em Belém.

Se o método de pagamento é moderno, o cardápio será um mergulho na tradição amazônica. Os restaurantes e quiosques credenciados pela Secretaria Extraordinária da COP30 e pela Embratur foram orientados a incluir pratos típicos da culinária paraense, priorizando o uso de insumos locais e da agricultura familiar.

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Receitas com tucupi, jambu, açaí, maniçoba e castanha-do-pará prometem dividir espaço com pratos internacionais e opções adaptadas a diferentes dietas — incluindo vegetarianas, veganas, sem glúten, sem lactose, Halal e Kosher.

Segundo os organizadores, a seleção de fornecedores passou por critérios de sustentabilidade, inclusão e valorização da cultura alimentar amazônica. Utensílios biodegradáveis, separação de resíduos e rastreabilidade dos produtos também fazem parte das exigências.

A Zona Azul, onde circularão chefes de Estado, diplomatas e jornalistas credenciados, contará com restaurantes e cafeterias funcionando das 8h às 22h. Já na Zona Verde, aberta à população, o funcionamento será das 9h às 20h, com espaços voltados à culinária regional e experiências gastronômicas sustentáveis.

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Apesar dos avanços, produtores e chefs locais apontaram que algumas receitas tradicionais precisaram ser adaptadas para cumprir normas sanitárias internacionais, o que restringiu, por exemplo, o uso de frituras e certos modos de preparo típicos da região.

Mesmo assim, o sentimento predominante é de orgulho. A COP30 promete não apenas discutir o futuro do planeta, mas também mostrar ao mundo o sabor e a força da Amazônia no prato.

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