Geral REFLORESTAMENTO
Estudantes plantam árvores nativas da Amazônia no Parque Estadual do Utinga
A ação educativa, promovida pelo Ministério Público do Estado com apoio do Ideflor-Bio, reforçou a importância da regeneração ambiental e do engaja...
31/10/2025 21h40
Por: Redação Fonte: Secom Pará

Como parte da programação do evento "Diálogo Preparatório para a COP30: Os Impactos dos Agrotóxicos na Amazônia e as Mudanças Climáticas", cerca de 50 estudantes das escolas estaduais Rui Barbosa, no bairro da Terra Firme, e Ruth Passarinho, no bairro do Marco, em Belém, participaram, nesta sexta-feira (31), do plantio de mudas de espécies nativas da Amazônia no Parque Estadual do Utinga Camillo Vianna. A atividade ocorreu na Trilha do Macaco, e integrou uma iniciativa do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), com apoio do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio).

A ação educativa reforçou a importância da regeneração ambiental e do engajamento da juventude na construção de um futuro sustentável. Antes do plantio, equipes da Diretoria de Desenvolvimento da Cadeia Florestal (DDF) e da Gerência da Região Administrativa de Belém (GRB) do Ideflor-Bio conduziram uma palestra para os alunos, destacando o papel das unidades de conservação e o valor ecológico do Parque Estadual do Utinga, que abriga os mananciais responsáveis pelo abastecimento de 70% da Região Metropolitana de Belém.

Foram discutidos temas como mudanças climáticas, biodiversidade e uso sustentável dos recursos naturais. “Queremos que esses jovens compreendam que cada muda plantada representa um compromisso com o planeta e com a vida. A COP30 será um momento histórico, e essa ação mostra que o Pará está preparado para liderar pelo exemplo”, afirmou a promotora de Justiça e coordenadora do evento, Ângela Maria Balieiro Queiroz.

Orientações técnicas -O plantio foi conduzido pela equipe técnica do Ideflor-Bio, que orientou os estudantes sobre o preparo do solo, o espaçamento e o manejo das espécies. Entre as mudas utilizadas estavam andiroba, castanheira e açaí, todas nativas da floresta amazônica.

De acordo com a gerente de Produção e Apoio aos Arranjos Produtivos Florestais do Ideflor-Bio, Laura Dias, “ações como esta unem educação ambiental, cidadania e ciência. Cada árvore plantada é um símbolo de esperança e uma oportunidade de os alunos se tornarem multiplicadores da consciência ecológica em suas comunidades”.

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Para os alunos, a experiência foi mais do que uma aula prática; foi um momento de conexão com a natureza e reflexão sobre o papel de cada cidadão na luta contra as mudanças climáticas. “Nunca tinha plantado uma árvore antes. Agora, sei que posso ajudar o meio ambiente, e que pequenas ações podem fazer diferença”, disse Lucas Silva, estudante da Escola Estadual Rui Barbosa.

Debate e ações- A atividade também contou com a presença da promotora de Justiça e presidente da Associação do Ministério Público do Estado do Pará (Ampep), Ana Maria Magalhães de Carvalho, que destacou a importância da integração entre instituições públicas e escolas na construção de políticas voltadas à sustentabilidade. “O Ministério Público tem o dever de promover o debate e fomentar ações que estimulem a preservação ambiental e o protagonismo juvenil”, ressaltou.

O Parque Estadual do Utinga, administrado pelo Ideflor-Bio, é um dos principais espaços de educação ambiental em Belém. Além de ser uma unidade de conservação de proteção integral, o local recebe, de quarta a segunda-feira, das 6 às 17h, estudantes e pesquisadores interessados em conhecer mais sobre a fauna, a flora e a importância da conservação dos recursos hídricos da Região Metropolitana.

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