Celebrar a vida faz parte da rotina do Hospital Público Estadual Galileu (HPEG), em Belém. Na tarde da última quinta-feira (23), as pacientes Maria Selma e Daiane Nascimento tiveram seus aniversários comemorados em uma ação repleta de afeto. Música, gestos de carinho e a presença das famílias transformaram o ambiente hospitalar em um espaço de alegria e renovação.
Moradora de Altamira, na região do Xingu, Maria Selma, de 44 anos, foi encaminhada à unidade do Governo do Pará para realizar uma cirurgia de prótese no ombro após um acidente doméstico. Ao ver os filhos chegarem de surpresa, ela não conteve as lágrimas.
“Foi o melhor presente que eu poderia receber. Estar aqui, cuidando da minha saúde, e ainda sentir o amor da minha família tão de perto, que mesmo longe veio me visitar. Fiquei muito feliz pela surpresa. Agradeço a Deus e a toda a equipe do hospital por esse momento de carinho e esperança”, disse Maria Selma.
Com um sorriso sereno, Selma destacou o quanto gestos simples como esse fazem diferença no tratamento. “Essas comemorações fazem a gente esquecer um pouco da dor e lembrar que a vida continua. O hospital mostra que se preocupa com o nosso bem-estar, não só com a doença, mas com o coração de cada paciente”, afirmou.
Quem também viveu um dia especial foi Daiane Nascimento, moradora de Marabá, na região de Carajás, que está em tratamento ortopédico no joelho. Para ela, a celebração foi um alento em meio à rotina hospitalar. “A gente se sente especial, lembrada, e isso dá força para continuar. Não é só uma festa, é um gesto de amor que transforma o tratamento em algo mais leve”, destacou, sorrindo.
Empatia
No Hospital Galileu, celebrar aniversários vai além de marcar uma data no calendário. A unidade defende a ação como um gesto de cuidado e empatia que se repete sempre que possível, transformando o hospital em um espaço de acolhimento. O Galileu é reconhecido pelas ações de humanização, e realiza com frequência comemorações para pacientes internados, valorizando cada história e fortalecendo o vínculo entre equipe, pacientes e familiares.
A coordenadora do setor de Humanização do HPEG, Anny Segóvia, reforça o propósito dessas iniciativas. “Cada aniversário celebrado é uma oportunidade de lembrar que o cuidado vai além dos procedimentos médicos. É sobre enxergar o paciente como um ser integral, que precisa de atenção, escuta e amor. Esses momentos fortalecem a alma e contribuem diretamente para o processo de cura”, destacou.
Anny explica ainda que essas ações têm grande impacto na recuperação emocional e psicológica dos pacientes, pois ajudam a amenizar o estresse da internação e trazem leveza à rotina de tratamento. Quando possível, a unidade também promove o reencontro entre pacientes e familiares, criando experiências que renovam a esperança.
“O paciente não é apenas alguém em tratamento — é uma pessoa com história, sonhos e sentimentos. Quando trazemos a família para perto, fortalecemos esse vínculo e humanizamos o ambiente hospitalar. Esse carinho faz parte da nossa forma de cuidar”, completou.
Cuidado humanizado
Para o diretor executivo do Hospital Galileu, Cledes Silva, ações como essa são fundamentais no processo de recuperação e refletem a missão da unidade. “A técnica é essencial, mas o toque humano é o que transforma o atendimento em algo realmente completo. Ver pacientes sorrindo, mesmo em meio ao tratamento, mostra que estamos no caminho certo: o de cuidar com excelência e com o coração”, afirmou o gestor.
Sobre o Hospital Galileu
O Hospital Público Estadual Galileu (HPEG) atua como unidade de baixa e média complexidade, com 104 leitos de internação, e é referência em trauma ortopédico e reconstrução óssea. A unidade oferece o Serviço de Alongamento e Reconstrução Óssea, além de realizar cirurgias de traqueia e urológicas, como hiperplasia prostática benigna, exclusão renal e triagem com biópsia de próstata.
Gerenciado pelo Instituto de Saúde Social e Ambiental da Amazônia (ISSAA), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), o hospital está localizado na Avenida Mário Covas, nº 2553, na Grande Belém, e tem como missão unir tecnologia, humanização e cuidado integral na recuperação dos pacientes.