Parauapebas (PA) – A capital do minério está respirando cultura neste mês de setembro. Até o dia 27, Parauapebas recebe parte da programação do Festival TOCA Carajás, iniciativa que busca fortalecer a produção artística local e aproximar a região sudeste do Pará de outros circuitos culturais do país.
Com oficinas, debates e apresentações musicais, o festival vem mobilizando artistas, coletivos e a comunidade, criando o que os organizadores chamam de “territórios criativos” – espaços voltados para experimentação, troca de saberes e inovação artística.
A agenda em Parauapebas começou no dia 15, com a oficina de Produção Musical, realizada em parceria com o Selo Recria. A partir do sábado (20), a comunidade também participa da oficina de Artes Visuais, organizada junto ao Centro Mulheres de Barro.
Nos dias seguintes, outras frentes entram em cena:
22 de setembro – Oficina de Produção de WebDocs com Dispositivos Móveis, em parceria com a Casa Lab Hub Criativo.
24 a 26 de setembro – Oficina de Gastronomia e Empreendedorismo, conduzida pelo Jaboticaba Bistrô.
As atividades ocorrem em diferentes pontos da cidade, com destaque para a Associação dos Moradores da Agrovila Palmares Sul (AMAPALS), que se tornou sede de várias ações.
O ponto alto da programação em Parauapebas será no dia 27 de setembro, quando acontece a mostra das produções das oficinas. O evento será aberto ao público na AMAPALS, a partir das 17h, reunindo a comunidade para prestigiar o resultado dos trabalhos desenvolvidos ao longo do mês.
A culminância também contará com shows musicais, fortalecendo a cena local com apresentações de Tom Ferreira, Nic Dias e DJ Marijenny.
Para o cantor e diretor artístico do festival, AQNO, que nasceu em Marabá mas tem ligação direta com a cena cultural de Parauapebas, o TOCA Carajás representa uma oportunidade de transformar a realidade de quem vive da arte na região.
“É uma chance de olhar para as necessidades desse lugar e entender como a gente pode criar algo juntos, com esse viés multicultural e multiartístico”, destacou.
Já o produtor Itair Rodrigues reforça que a ideia é valorizar o que já existe:
“O TOCA Carajás é uma ferramenta de fortalecimento da produção cultural que os artistas da região já vêm construindo com muito esforço.”
Mais que um festival, o TOCA Carajás se apresenta como um movimento cultural, capaz de conectar iniciativas, gerar oportunidades e dar visibilidade ao que é produzido no sudeste paraense.
Em Parauapebas, a expectativa é que a comunidade abrace a programação e que o evento se consolide como um marco para os artistas locais, incentivando novas criações e fortalecendo a identidade cultural da cidade.