O Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-Bio) recebeu, em Belém, uma comitiva do município de Novo Progresso, localizado na região sudoeste paraense. A visita teve como objetivo discutir o futuro edital de concessão florestal que será lançado até o fim deste ano, para a Floresta Estadual (Flota) do Iriri. O momento foi marcado pelo diálogo aberto entre os representantes municipais e a equipe técnica do órgão, fortalecendo a construção coletiva da política de concessões sustentáveis no Pará.
A comitiva foi composta pelo deputado estadual Aveilton Souza, pelo prefeito de Novo Progresso, Gelson Dill, vereadores e empresários locais. Eles foram recebidos pelo presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto, pela diretora de Gestão de Florestas Públicas de Produção, Ana Claudia Simoneti, e pelo gerente da Região Administrativa do Xingu, Marco Aurélio Oliveira. Durante a reunião, os visitantes trouxeram sugestões e demandas da região sobre o modelo de gestão e os critérios previstos para o edital.
Segundo o presidente Nilson Pinto, o encontro reforça o compromisso do Instituto com a escuta ativa dos diversos atores envolvidos no processo de concessão. “Estamos empenhados em construir um edital robusto, que reflita os princípios do desenvolvimento sustentável e atenda aos três pilares fundamentais: ambiental, social e econômico. A participação das lideranças de Novo Progresso é essencial para garantir que o instrumento final esteja alinhado às necessidades e potencialidades da região”, afirmou.
Potencial -A Flota do Iriri é uma Unidade de Conservação de Uso Sustentável localizada na região sudoeste do Pará e tem alto potencial para o manejo florestal, atividade que pode impulsionar a economia local sem comprometer a conservação ambiental. As concessões florestais públicas visam promover o uso racional dos recursos naturais, respeitando o meio ambiente e beneficiando diretamente as comunidades locais com geração de emprego, renda e inclusão social.
Para a diretora da DGFLOP, Ana Claudia Simoneti, esse diálogo com os entes municipais é indispensável. “A integração dos três pilares do desenvolvimento sustentável é o que garante que as concessões sejam realmente eficientes. A floresta pode sim ser explorada economicamente, desde que isso ocorra com responsabilidade, transparência e respeito às pessoas e ao território. Estamos ouvindo todos os envolvidos para construir um modelo que funcione para o Pará e para o Brasil”, destacou.
Operacionalidade -Durante a reunião, também foram debatidos aspectos operacionais do processo de concessão, como zoneamento da área, critérios de avaliação técnica, garantias sociais e exigências ambientais. A equipe do Ideflor-Bio reforçou que o edital será amplamente divulgado e submetido a consulta pública, com o objetivo de assegurar ampla participação da sociedade civil, setor privado, órgãos de controle e comunidades tradicionais.
Nilson Pinto reafirma, ainda, a importância do planejamento participativo e da governança territorial no uso sustentável dos recursos florestais. “O diálogo com Novo Progresso se soma a outras agendas institucionais previstas até o lançamento do edital, fortalecendo o compromisso do Governo do Pará com o desenvolvimento econômico aliado à conservação da biodiversidade e à valorização das populações locais”, concluiu o presidente do Ideflor-Bio.