Nesta sexta-feira (18), a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), por meio da Diretoria de Políticas Públicas e Prevenção Social (DPS) em conjunto com a Polícia Civil do Pará, realizaram ações de conscientização para coibir o uso de linhas cortantes utilizadas para empinar pipas, com cerol ou chilenas, e também reforçaram a prevenção contra o crime de importunação sexual no distrito de Outeiro, em Belém. As ações integram a “Operação Verão 2025” e visam prevenir acidentes e cumprir a legislação estadual que proíbe a fabricação, venda e uso do material.
As ações que tiveram início no dia 28 de junho seguem sendo reforçadas com prevenção e fiscalização, de forma integrada, para que possamos seguir até o final das ações, sem intercorrências e acidentes com esse tipo de material, como destaca o Secretário de Segurança Pública e Defesa Social, Ualame Machado.
"Outeiro está entre as localidades que recebem o reforço nas ações de Segurança Pública para garantir um lazer seguro e a paz social dos moradores e de todos que se deslocam às praias do distrito, portanto além do reforço no atendimento da Delegacia, também estamos com Bombeiros Militares nas praias e servidores da Segup junto às forças realizando ações educativas e fiscalizando o uso de linhas com cerol, o que pode causar acidentes fatais. Portanto, seguiremos com orientações e fazendo a retirada desses materiais, a fim de garantir a segurança e fazendo com que todos se divirtam sem nenhuma intercorrência”, afirmou o titular da Segup.
Durante as ações realizadas na tarde desta sexta-feira (18), foram feitas orientações as crianças, famílias e vendedores que estavam na faixa de areia das praias “Grande” e “do Amor”, com foco na campanha “Não ao uso de cerol”, reforçando a informação da proibição do uso de linhas cortantes, com cerol e linha chilena, que geram risco a vida de motociclistas, ciclistas e banhistas.
Segundo o Delegado de Polícia Civil. João Cláudio Castanho, diretor da Delegacia Especializada no Atendimento à Criança e ao Adolescente, reforçou a importância das ações preventivas junto à população. “A ação integrada é de caráter preventivo, demonstrando presença ativa do Estado, reforçando que segurança pública se faz com integração, informação e proximidade com a população”, afirmou.
“Eu estou aqui em Outeiro, brincando com meus amigos de pipa, porque esse mês tem mais vento e sol. Só que eu uso a pipa com linha branca, sem cerol, porque cerol eu sei que é cortante e várias pessoas já perderam suas vidas com a linha de cerol. Então eu peço que todo mundo use linha branca para não prejudicar ninguém e nós crianças também ficamos mais seguros”, contou o estudante de 12 anos, Wallace Farias, que brincava durante a tarde ensolarada na Praia Grande.
Punições - A Lei Estadual nº 9.597/2022 proíbe a posse, fabricação e comercialização de linhas cortantes com cerol (vidro moído), linha chilena e similares, independentemente da aplicação de cerol. O descumprimento acarreta ao infrator, quando pessoa física, o pagamento de multa no valor de R$ 50,00. Se for menor, os pais ou responsáveis responderão pelo ato. O estabelecimento flagrado vendendo linha cortante será autuado, podendo ser multado em até R$ 5 mil.
A ação que garante informação e reforça a prevenção tem aprovação dos ambulantes que atuam nas praias, como afirmou o vendedor ambulante, Marcos Santos. “Amigos eu estou aqui em Outeiro trabalhando e semana passada estava tendo muita linha com cerol, então queria parabenizar a polícia que está fazendo o trabalho dela, fazendo o certo de tirar essa linha encerada, porque pode cortar o pescoço de alguém, como já teve outros casos, então estou achando muito boa ação, que pode evitar um acidente, uma coisa grave, então eles estão fazendo o serviço deles, reforçando que é proibido, e assim será melhor para todos”, afirmou.
Durante a ação, os agentes também reforçaram o combate aos crimes de importunação sexual e exploração sexual contra crianças e adolescentes, divulgando panfletos e a fixação de cartazes informativos, reforçando junto à população os canais de denúncia