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Escola em Outeiro integra a piscicultura à horta através da Aquahorta
Cultivar uma horta virou uma prática comum nas escolas da rede municipal de ensino de Belém, que oferece aos alunos o contato com a natureza, ao li...
06/06/2025 17h18
Por: Redação Fonte: Agência Belém

Cultivar uma horta virou uma prática comum nas escolas da rede municipal de ensino de Belém, que oferece aos alunos o contato com a natureza, ao lidar com a terra, com as plantas, as frutas, as verduras e os legumes.

NaEscola Municipal Casa Escola da Pesca, em Outeiro, o cultivo da horta foi integrado à criação de peixes. Essa prática é chamada deAquahorta e toda a produção desse processo é utilizada na cozinha da escola, no preparo de alimentos.

Manjericão é uma das ervas da horta - Crédito: Nenhum

O projeto Aquahorta tem como principal objetivo integrar o cultivo de peixes e hortaliças como estratégia para diminuir os possíveis impactos causados pela criação de peixes e pela agricultura, além deoportunizar uma prática escolar ecologicamente sustentável, construindo conhecimentos significativos a respeito da relação do homem com o meio ambiente.

No processo de Aquahorta implantado na CEPE, a água dos tanques de peixe, que seria despejada no Rio Maguary, passa por uma filtragem e parte dela vai para regar a horta, enquanto outra parte volta para os tanques.

A água que sai dos tanques de peixe é rica em fósforo, nitrogênio e potássio, tudo que a planta precisa para crescer e se desenvolver, tornando-se um fertilizante natural.

“Ela (a água), que vem da piscicultura, vem alterada, justamente com o que as plantas precisam, rica em NPK (sigla para Nitrogênio (N), Fósforo (P) e Potássio (K), que são três nutrientes essenciais para o desenvolvimento das plantas), resultado da composição da ração e das fezes do peixe”, afirmou o engenheiro de pesca Valdemar Dias, responsável pelo projeto na Escola da Pesca.

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A produção gerada na Aquahorta da CEPE vai toda para o consumo dos estudantes da unidade. Tem espinafre, cariru, manjericão, erva-cidreira, cheiro-verde e mamão, que têm contribuído para uma alimentação mais saudável.

“Os produtos da nossa horta são de boa qualidade, vêm sem agrotóxicos e as folhas que caem das árvores também são aproveitadas no adubo”, acrescenta Elisangela Costa, merendeira da escola.

Elisangela Costa, merendeira da Escola da Pesca, afirma que “os produtos da nossa horta são de boa qualidade, vêm sem agrotóxicos e as folhas que caem das árvores também são aproveitadas no adubo”. - Crédito:

Os estudantes da Escola da Pesca são divididos em 2 turnos, que funcionam através de rodízio. Durante 15 dias, uma turma tem aula dentro da unidade, enquanto a outra leva atividades para suas comunidades ou faz estágio.

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No período em que estão na comunidade, aproveitam para pôr em prática o que aprendem na Escola da Pesca. Para Raissa Cardozo, 20 anos, aluna da 2ª Totalidade do Ensino de Jovens, Adultos e Idosos da CEPE, a prática com a Aquahorta tem ajudado muito a se destacar nos estágios que participa. “A gente viaja para Castanhal, Curuçá e outras localidades levando tudo que eu aprendi aqui sobre a horta. É bom, faz a gente se destacar”, concluiu.

Para Raissa Cardozo, 20 anos, aluna da 2ª Totalidade do Ensino de Jovens, Adultos e Idosos da CEPE, a prática com a Aquahorta tem ajudado muito a se destacar nos estágios que particip - Crédito: Luis Miranda - Semec