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Sespa realiza captura de insetos transmissores de doenças endêmicas na ilha do Combu
O objetivo principal é proteger a população local e os participantes da COP 30 durante o evento em Belém
21/02/2025 16h14
Por: Redação Fonte: Secom Pará

O entomologista Arnaldo Fayal e a equipe de agentes de endemias estão desde o dia 12 na ilha do Combu

Como forma de combate e prevenção, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) realiza desde o dia 11 de fevereiro, na ilha do Combu, em Belém, a captura de insetos transmissores de doenças endêmica.

A atividade é realizada pela Coordenação Estadual de Entomologia da Sespa do Departamento de Controle de Endemias, em parceria com Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma), com a participação de agentes de endemias que já foram treinados em janeiro para a esse trabalho. O trabalho deverá se estender por mais quatro semanas, abrangendo micro-áreas da ilha.

O objetivo da ação mapear a fauna entomológica presente na ilha do Combu

A Entomologia é a especialidade da Biologia que estuda os insetos sob todos os seus aspectos e relações com o homem, as plantas, os animais e o meio ambiente. É fundamental para as ações de prevenção de doenças que podem ser transmitidas por esses vetores, como: dengue, zika, chikungunya, febre do oropouche, malária, leishmaniose, febre amarela e doença de Chagas.

Para capturar o vetor, agente usa a própria perna para atrair o inseto

Mapeamento -Conforme a coordenadora estadual de Entomologia, Bárbara Almeida, com o mapeamento da fauna entomológica, ou seja, com as informações sobre os insetos encontrados no local, é possível mapear a fauna entomológica para estabelecer uma vigilância e monitoramento das áreas de baixo, médio e alto risco de doenças transmitidas por vetores, por meio de indicadores entomológicos. "Este processo é muito importante, principalmente por ser um local que tende a receber um número expressivo de pessoas, o mapeamento da fauna entomológica é de fundamental importância, ainda mais durante a COP 30, que ocorre em novembro, na capital paraense, quando um grande número de visitantes é esperado", observou a entomologista.

Bárbara Almeida informou que, na primeira semana, houve captura de flebotomíneos (transmissores da leishmaniose), Anopheles (transmissores da malária), e de vetores de importância na transmissão das arboviroses, sendo que parte das amostras desses últimos será encaminhada ao Instituto Evandro Chagas (IEC) para verificação por biologia molecular (detecção viral).

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Montagem de armadilhas para a captura de insetos

Proteção –Conforme o entomologista, Arnaldo Fayal, coordenador da atividade na ilha do Combu, conhecendo o perfil entomológico das possíveis áreas envolvidas na Conferência do Clima, é possível promover a proteção direta e/ou indireta para a população local assim como para a população participante do evento internacional. "Nosso intuito é fortalecer a Vigilância Entomológica em Belém e na região das ilhas visando à COP30", afirmou.