Incentivar o artesanato sustentável como alternativa de emprego e renda nas comunidades do entorno das Usinas da Paz é o objetivo do Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), em parceria com a Companhia Têxtil de Castanhal (CTC), ao oferecer mais um curso de produção de embalagens para presentes e peças natalinas em malva amazônica (fibra têxtil sustentável) na Usina da Paz Pe. Bruno Sechi, no bairro do Bengui, em Belém.
A oficina, que reúne 20 moradores do bairro, iniciou na última segunda-feira (11) e será encerrada nesta quinta-feira (14), com a certificação dos alunos. Em 32 horas/aulas, os participantes têm a oportunidade de apreender novas técnicas unindo arte, criatividade e sustentabilidade ao uso de matéria-prima sustentável, para a produção de peças artesanais, que podem ser comercializadas e garantir uma fonte de renda. Cada participante receberá também, ao final do curso, um kit completo da CTC para iniciar as atividades comerciais.
Técnicas de corte de fibra, colagem, customização e personalização de peças são colocadas em prática pelos alunos, com as orientações da técnica da CTC, Marinalva de Souza Ferreira. Segundo ela, "é sempre muito gratificante poder contribuir com a aprendizagem das pessoas. A cada oficina que ministro, percebo a força de vontade de cada um, de seu próprio jeito. Muitos já trabalham com artesanato e vêm em busca de aprimoramento, de conhecer novos materiais e aprender técnicas de costura e acabamento. Dividir o aprendizado é um legado que deixo, e também levo muito conhecimento".
Economia criativa- O titular da Sedeme, Paulo Bengtson, destacou a importância de apoiar a economia criativa, incentivando o empreendedorismo e promovendo a geração de emprego e renda a partir do conhecimento adquirido nas oficinas, contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico sustentável.
“Ao todo, 167 moradores do entorno das UsiPaz já concluíram o curso de artesanato até outubro, utilizando matéria-prima sustentável, no caso, a malva amazônica, com potencial de retorno financeiro, movimentando a economia local", informou o secretário.
Hirlene Silveira, que participa pela segunda vez do curso de artesanato com fibra de malva amazônica, avalia o aprendizado como uma oportunidade para investir na produção artesanal, criando uma nova fonte de renda para sua família. "Atualmente, trabalho com bordados em crochê, e já percebi que posso conciliar as técnicas repassadas, customizando minhas peças, agregando valor e criando um diferencial para apresentar aos meus clientes", contou.
A Companhia Têxtil de Castanhal, com sede no nordeste paraense, é apoiada pelo governo do Estado, por meio da Sedeme. A empresa tem filiais nos estados do Amazonas e de São Paulo, sendo a maior fabricante de produtos de juta e malva do Ocidente e líder de mercado no Brasil há mais de 50 anos.