POLÍCIA BELA INICIATIVA
Polícia do Piauí recupera mais de 5 mil celulares roubados em 8 meses
Fantástico acompanhou o trabalho da polícia do Piauí para rastrear, recuperar e ainda devolver os aparelhos roubados aos donos. Os suspeitos da ‘gangue do turismo’ contaram que eles compravam abadás para poder entrar nas melhores áreas VIPs e fazer os furtos
25/03/2024 10h01
Por: Redação Fonte: G1 / PARÁ

O programa Fantástico deste domingo (24) mostrou como Teresina, capital do Piauí, encontrou a saída para rastrear e devolver aparelhos roubados. Com uma nova estratégia de investigação, a polícia também conseguiu descobrir que celulares roubados no Piauí foram parar em outros estados – em pelo menos 11.

Uma nova estratégia de investigação adotada pelo Piauí possibilitou que, em oito meses, mais de cinco mil celulares fossem recuperados.

Com a ajuda do setor de inteligência, a polícia desenvolveu um programa de computador pra analisar e agrupar as informações dos registros dos furtos e roubos e, numa parceria com o Judiciário, não precisa mais abrir um procedimento pra cada caso. Uma única investigação passou a incluir centenas, milhares de aparelhos. Ficou mais fácil e mais ágil acompanhar o que acontece com os celulares depois que eles saem das mãos dos verdadeiros donos.

Com esse banco de dados enorme, que inclui o IMEI – número de registro de cada aparelho, a polícia do Piauí consegue saber exatamente onde foi parar cada telefone, e com quem ele está. Isso é possível porque as operadoras de telefonia são obrigadas, por ordem judicial, a dar todas as informações das pessoas que habilitaram uma nova linha nesses celulares roubados ou furtados.

“A partir do momento que ele passa a usar, a gente está monitorando por meio dessa aplicação. O que a gente fez de diferente foi disparar intimações em massa. 300, 500 ou 1000 intimações no mesmo dia. E para trazer uma segurança para o cidadão que é intimado, a intimação sempre sai de um perfil verificado da Secretaria de Segurança Pública.”, destaca o diretor de inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Piauí, Anchieta Nery.
Nessa estratégia, quem está usando um telefone que tem origem duvidosa recebe a mensagem pelo próprio celular e os convocados enchem a delegacia.

Quem atende o chamado da polícia e entrega o aparelho pode sair de lá apenas com um registro de devolução voluntária, sem ser responsabilizado por nada.

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No entanto, muitas vezes a pessoa que tá usando um aparelho roubado ou furtado não responde à intimação. E com as informações do telefone, os investigadores conseguem monitorar o paradeiro dele.

Policiais batem de casa em casa atrás de quem não atendeu a intimação e a a caça aos celulares roubados ou furtados também para a cidade. São blitzes de trânsito em que policiais checam os celulares.

O mapeamento também identificou lojas que compram os aparelhos roubados pra revender em Teresina.

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O Fantástico acompanhou a entrega de mil aparelhos para os donos em um só dia.

Os donos dos celulares foram intimados a comparecer na delegacia. São vítimas de roubos e furtos de celulares que finalmente recuperaram seus aparelhos.

“Hoje, o sistema de segurança do Piauí é capaz de afirmar que consegue buscar 100% dos celulares produto de roubo e furto”, ressalta Anchieta Nery.
“Então a gente desestimula aquele ato criminoso lá da ponta do assaltante, porque ele deixa de vender para o comerciante e, por consequência, também o consumidor final, quando é responsabilizado, ele deixa de consumir”, diz Chico Lucas, secretário de Segurança Pública do Piauí.

Na semana passada, policiais do Piauí e do Pará fizeram uma operação conjunta depois de identificar o paradeiro de mais de 150 aparelhos em Belém. Eles também estavam atrás do homem apontado como o chefe da “Gangue do Turismo”, uma quadrilha que viajava o Brasil atrás de festas populares para furtar celulares.

Dois integrantes, que já tinham sido presos em Teresina, contaram que eles compravam abadás para poder entrar nas melhores áreas VIPs e fazer os furtos.

Além de prender integrantes da gangue, a polícia encontrou lojas que revendiam os aparelhos em Belém. Os aparelhos sem nota foram aprendidos, as lojas interditadas, e os donos detidos. (Com g1)