PARAUAPEBAS FEMINICÍDIO
Samaritano será julgado nesta terça-feira (20) em Belém pela morte de Dayse Dyana
No dia do assassinato, de acordo com a mãe de Dayse, ela foi agredida por Diógenes dentro de uma loja do shopping e horas depois as agressões se intensificaram até que ela foi espancada, assassinada e atirada pela janela, numa tentativa do réu de simular um suicídio.
19/02/2024 15h35 Atualizada há 7 meses
Por: Redação

O ex-agente do Detran, Diógenes dos Santos Samaritano, será julgado nesta terça-feira (20) pela morte da mulher dele, Dayse Dyana Sousa e Silva, de 35 anos. 

Dayse foi morta no dia 31 de março de 2019 na casa onde morava com o acusado no Bairro Parque dos Carajás. 

De acordo com a perícia, a vítima foi espancada e esganada pelo marido, depois,já sem sinais vitais, foi jogada da janela do segundo piso da residência.

A perícia confirmou que Dayse morreu antes da queda, desmentindo a primeira versão de Samaritano de que a mulher teria cometido suicídio. 

O júri popular está marcado para iniciar às 8h, no Fórum Criminal, no Bairro Cidade Velha, e será presidido pelo juiz Cláudio Hernandes Silva Lima, da 4ª Vara do Tribunal de Júri de Belém e será transmitido pela internet através do site TJPA.

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Diógenes já tinha sido condenado uma vez por agredir fisicamente Dayse em ocasiões anteriores. Por conta do comportamento agressivo dele, Dayse chegou a pedir a separação, mas decidiu voltar atrás na decisão por conta de chantagem emocional envolvido o filho do casal, na época com quatro anos de idade.

A mãe de Dayse, Wilma Lemos, contou em entrevista a diversos veículos de comunicação, que a filha tentou por várias vezes se separar e sair do ciclo de abusos psicológicos e agressões físicas que vivia, mas se sentia coagida a manter o casamento por causa do filho.

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No dia do assassinato, de acordo com Wilma, Dayse foi agredida por Diógenes dentro de uma loja do shopping e horas depois as agressões se intensificaram até que ela foi espancada, assassinada e atirada pela janela. Tudo aconteceu na presença da criança, que ainda hoje faz acompanhamento psicológico para lidar com tudo que presenciou.

O júri que aconteceria em Parauapebas foi transferido para Belém por uma manobra da defesa do acusado, alegando que no município não há segurança suficiente para garantir a integridade física dele nem imparcialidade pelo fato da grande comoção em torno do caso.