Meio Ambiente MARCO TEMPORAL
STF forma maioria contra aplicação da tese do marco temporal para demarcação de terras
Julgamento voltou à pauta da Corte nesta quarta-feira, depois de ter começado em 2021. Na contramão da maioria, dois ministros votaram para permitir a aplicação do marco temporal na demarcação de terras indígenas.
21/09/2023 17h16
Por: Redação Fonte: g1
Reprodução | Internet

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria nesta quarta-feira (20) para invalidar a aplicação da tese do marco temporal na demarcação de terras indígenas.

A formação da maioria é uma vitória para indígenas, que são contra a tese do marco temporal.

A tese prevê que só podem ser demarcadas terras que já estavam sendo ocupadas por indígenas no dia 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição. Esse entendimento deriva de uma interpretação literal do artigo 231 da Constituição, que diz:

"São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens."

O julgamento do recurso sobre o caso voltou à pauta do plenário desta quarta-feira (20). O caso começou a ser deliberado em agosto de 2021.

O voto do ministro Luiz Fux consolidou a corrente que considera que fere a Constituição usar o marco temporal como critério na concessão de áreas aos povos originários.

Continua após a publicidade

Votaram nesta linha os ministros:

o relator, ministro Edson Fachin

o ministro Alexandre de Moraes

Continua após a publicidade

o ministro Cristiano Zanin

o ministro Luís Roberto Barroso

o ministro Dias Toffoli

o ministro Luiz Fux

a ministra Cármen Lúcia